O Ministério Público Federal (MPF) recomendou em meados de junho o cancelamento de compra e o recolhimento do medicamento Leuginase, utilizado pela rede púbica para o tratamento de leucemia linfoide aguda.
No lugar do produto da chinesa Beijing, o Ministério da Saúde foi aconselhado a voltar a adquirir o Aginasa que, até 2016, era utilizado no tratamento da doença.
O MPF cita manifestações de profissionais e entidades médicas que colocam em dúvida a eficácia do produto chinês, o que poderia expor os pacientes a “graves riscos”. A recomendação menciona ainda o fato de a droga ser descrita como química e não biológica, como requer o princípio ativo L-Asparaginase, e diz também que o medicamento não possui registro em nove países indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o texto, a substituição pelo medicamento chinês sequer teria passado por processo administrativo no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O outro lado – Em nota divulgada em maio, o Ministério da Saúde informou que testes oficiais teriam comprovado a qualidade do Leuginase. No documento, o ministério apontou que dois lotes distintos do medicamento foram testados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde. A unidade é ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pré-qualificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), diz a pasta.
Segundo esses testes, o produto chinês mostrou “capacidade esperada de ação contra o câncer” e “parâmetros adequados para uso”.
Fonte: G1 DF
